O Brasil, especialmente o Rio Grande do Sul, enfrenta neste ano de em 2025 uma onda de calor sem precedentes. Temperaturas recordes são registradas em diversas regiões, tornando evidente o impacto das mudanças climáticas. Esse fenômeno não é isolado e reflete uma tendência global preocupante.

As causas do aumento das temperaturas estão diretamente ligadas às mudanças climáticas. A queima de combustíveis fósseis, o desmatamento e a emissão de gases de efeito estufa intensificam o aquecimento global. O El Niño, que aquece as águas do Pacífico, contribui para a intensificação do calor, afetando o padrão climático de diversas regiões do Brasil.

No RS, o desmatamento de matas ciliares e a urbanização acelerada também são fatores que agravam as temperaturas. Cidades com poucas áreas verdes sofrem ainda mais com o fenômeno das ilhas de calor, que aumentam a sensação térmica e tornam os dias mais sufocantes.

As consequências das altas temperaturas são severas. A saúde da população é diretamente afetada, com aumento de casos de desidratação, insolação e complicações cardiovasculares, especialmente entre idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas.

Também a agricultura sofre com estiagens prolongadas, prejudicando a produção de alimentos e elevando os preços no mercado. O setor energético é impactado, pois o aumento do consumo de eletricidade para refrigeração pode levar a sobrecargas no sistema.

No meio ambiente, observa-se um aumento dos incêndios florestais, que destroem ecossistemas e pioram a qualidade do ar. A fauna e a flora também sofrem com a escassez de água e o calor excessivo.

Existem algumas normas para garantir condições adequadas no ambiente de trabalho. A Norma Regulamentadora 17 (NR-17), do Ministério do Trabalho e Emprego, estabelece diretrizes ergonômicas, incluindo recomendações sobre ventilação e climatização dos espaços laborais para preservar a saúde dos trabalhadores e a Lei nº 12.187/2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima, visa minimizar os impactos das variações climáticas e implementar ações de adaptação a esses eventos extremos.

Algumas medidas podem ser adotadas para minimizar os impactos, como: intensificar a hidratação bebendo água regularmente, evitando sair de casa antes das 10h ou após as 16h, quando o sol está menos intenso; usar roupas leves, utilizar protetor solar, bonés e óculos escuros para reduzir os danos causados pela radiação UV; preferir alimentos leves, como frutas e verduras, que auxiliam na hidratação do organismo; manter os ambientes arejados e frescos.

As mudanças climáticas são uma realidade e demandam ações individuais e coletivas. O combate ao desmatamento, a redução da emissão de poluentes e a adoção de práticas sustentáveis são essenciais para mitigar os impactos desse fenômeno.

Cuidar do planeta é também cuidar da própria qualidade de vida. O momento exige conscientização e mudanças urgentes para garantir um futuro mais habitável para todos.