CACHOEIRA DO SUL PREVISÃO

Exportações

Agronegócio garantiu recorde de exportações entre janeiro e agosto

Mais uma vez, o agronegócio puxou as exportações gaúchas e contribuiu sobremaneira para que o Estado alcançasse resultado positivo entre janeiro e agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado. Na verdade, o Rio Grande do Sul exportou U$ 14,5 bilhões, o maior valor da série histórica, iniciada em 1997. Este montante representa aumento de 0,1% em relação ao mesmo período de 2022. Os dados constam no balanço divulgado nesta quinta-feira, 6/10, pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).  

As vendas externas gaúchas obtiveram alta, enquanto o valor das exportações de todos os Estados brasileiros caiu 1,4% no período. O Rio Grande do Sul se manteve como sexto maior exportador do País, atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Paraná. A participação relativa do Estado cresceu de 6,4% para 6,5%.   

Dos dez produtos mais vendidos para fora, apenas três não são oriundos do agronegócio. A soja em grão foi o item mais exportado, com o valor de US$ 1,98 bilhão; seguida de fumo não manufaturado (US$ 1,48 bilhão), farelo de soja (US$ 1,24 bilhão), cereais (US$ 1,15 bilhão), carne de frango (US$ 1,02 bilhão), celulose (US$ 655,7 milhões), carne suína (US$ 440,7 milhões), calçados (US$ 429,8 milhões), partes e acessórios dos veículos automotivos (US$ 415,7 milhões) e óleo de soja (US$ 407,6 milhões). 

O levantamento foi elaborado pelos pesquisadores Ricardo Leães e Sérgio Leusin Junior, do Departamento de Economia e Estatística (DEE), se utilizando dos dados brutos do Sistema ComexStat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. De acordo com Leães, a partir dos índices de preço e volume, produzidos pelo DEE, se conclui que a relativa estabilidade do valor exportado pelo RS nos oito primeiros meses de 2023, em relação ao ano anterior, se deve ao aumento da quantidade exportada, uma vez que o cenário é de que queda dos preços internacionais das commodities.   

Os produtos que registraram maiores altas absolutas durante o período foram o fumo não manufaturado (+ US$ 409,9 milhões; 38,4%), soja em grão (+ US$ 269,2 milhões; 15,8%), partes e acessórios dos veículos automotivos (+ US$ 95,8 milhões; 29,9%), carne suína (+ US$ 76,9 milhões; 21,1%), bombas, centrífugas, compressores de ar, ventiladores, exaustores, aparelhos de filtrar ou depurar e suas partes (+ US$ 75,1 milhões; 531,5%), bovinos e bubalinos vivos (+ US$ 67,5 milhões; 439,0%) e armas e munições (+ US$ 39,1 milhões; 33,9%). 

Principais destinos 

O Estado exportou para 194 destinos neste período e a China continua sendo o principal destino, com 20,5% do total de exportações. Houve aumento de 12,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Os outros maiores importadores de produtos oriundos do Rio Grande do Sul são a União Europeia (14,4%), os Estados Unidos (9,3%), a Argentina (5,4%), o Vietnã (3,8%), o México (3,1%), o Paraguai (2,8%) e a Indonésia (2,7%).  

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