Nilton Santos
A felicidade pode ser contagiosa
Assim é que se cria um neto (!), bradou um amigo mostrando um vídeo gravado em seu celular às s atendentes do restaurante e quem mais quisesse ouvir. O orgulhoso avô depois veio me mostrar as imagens do neto sentado no campo, ansioso para se achegar para tocar em uma ovelha. Pelo que vi, não deve ter dado ainda os primeiros passos. Diante desse fato, me parei a pensar sobre o que realmente interessa na vida e, como sempre, concluí que são as coisas simples que nos mantém diante dos seus altos e baixos. Somente elas é que trazem a verdadeira alegria de viver, nos elevam e purificam da toxidade que vem das imensas dificuldades que às vezes nos fazem perder a graça. Para o meu amigo, o fato de ver o neto em seus primeiros contatos com a magnitude e simplicidade da natureza, era o bastante. Não faltava nada! Sua alegria era tanta que precisava ser compartilhada com todos ao seu redor, pois ninguém a experimenta em sua plenitude sozinho, só se torna inteira quando dividida, mesmo que o outro seja um desconhecido. Como todo mundo, gosto de estar próximo de quem está tomado por este sentimento de satisfação, que de certa forma vem um pouco para você, mas para isso devemos afastar a inveja que vem da comparação com o momento que estamos vivendo, às vezes não muito bom. Precisamos aprender absorver, apropriar-se de um pouco da satisfação do outro, e com isso transformar o nosso dia para melhor, mesmo que muitas das vezes não tenhamos motivos para comemorar... A cena me reforçou a convicção de que estamos no caminho certo quando nos sentimos bem com o contentamento do outro. Percebi que meu amigo, ao compartilhar a sua satisfação em ver seu neto por perto, em contato com a natureza, experimentando o bom da vida, deixou em mim, e nos presentes, um pouco dela.
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