CACHOEIRA DO SUL PREVISÃO

Ilusionismo

Aqui, o ilusionismo foi o astro principal

Poucas coisas chamam tanto a atenção das pessoas de forma geral quanto a mágica. Não falo de mundos mágicos, terras como Nárnia, lugares como Hogwarts. Estou falando de ilusionismo.

Aqui vai um exemplo: quem está na casa dos 30 anos ou mais vai lembrar que o programa Fantástico, da Rede Globo, apresentou no final dos anos 1990 um quadro chamado Mister M. Nele, Mister M, ‘personagem’ criado pelo mágico norte-americano Leonard Montano – também conhecido pelo nome artístico de Val Valentino –, que à época era um dos maiores ilusionistas do mundo, revelava como são feitos os truques de mágica. O quadro era sucesso absoluto e deixava famílias inteiras à frente da TV. E só saiu do ar por conta de uma decisão judicial.

E claro que Hollywood sabe desse gosto da população e, em alguns momentos, soube explorá-lo muito bem, com histórias focadas nesse ‘mundo à parte’, que roubaram a cena no cinema e seguem disponíveis nos streamings, como uma ótima opção para a “sessão filminho do fim de semana”.

Troque de Mestre (2013)

Meu tipo preferido. A gente passa o filme inteiro conjecturando e o final é sempre uma surpresa. Troque de Mestre (Now You See Me) é na verdade uma trilogia, cujo terceiro filme ainda não estreou. Ou seja, a história ainda não tem um completo fim, então vamos falar do que sabemos até aqui.

No primeiro filme, somos apresentados a quatro jovens que, separadamente, tentam ganhar a vida como mágicos de palco: J. Daniel "Danny" Atlas (Jesse Eisenberg), Merrit McKinney (Woody Harrelson), Henley Reeves (Isla Fisher), e Jack Wilder (Dave Franco). Cada um deles é especialista em uma modalidade de ilusionismo.

Um belo dia, cada um dos quatro recebe uma carta de tarô com uma data, horário e endereço escrita nela. Então, no dia marcado, eles vão tentar descobrir o mistério da carta de tarô e encontram um apartamento vazio em Nova York. É quando descobrem que acabaram de ganhar um benfeitor desconhecido, que ao longo dos meses seguintes os treina e orienta de forma anônima. Corta para um ano depois, o grupo surge como ‘Os Quatro Cavaleiros’ (The Four Horsemen), e encantam o público, cometendo um grande furto a la ‘Robin Hood’ a cada espetáculo.

O FBI então assume a investigação e escala o agente Dylan Rhodes (Mark Ruffalo) para pegar os ladrões. Cético e mal-humorado, ele se mostra determinado a capturá-los de qualquer jeito, ainda mais após o grupo anunciar que em breve fará seu assalto mais audacioso. Mas é preciso dizer que a sorte não anda do seu lado, nem mesmo com a ajuda de Alma Vargas (Melanie Laurent), uma detetive da Interpol.

Parece que Os Cavaleiros estão sempre dois passos à frente da polícia e um passo à frente de Thaddeus Bradley (Morgan Freeman), um veterano desmistificador de mágicos. Só que ninguém aqui vai desistir e, como veremos ao final, nem tudo é o que parece.

No segundo filme, lançado em 2016, já sabendo quem é o homem por trás d’Os Cavaleiros e o que o motivou, vemos o quarteto literalmente embargando para uma arriscada missão. Enquanto armam para desmascarar um jovem gênio da informática, que planeja coletar dados pessoais de todos os usuários da internet, eles acabam caindo em uma armadilha e precisam ‘rebolar’ para voltar para casa e meio que salvar o mundo.

Disponível na Netflix e na Amazon Prime Video.

O ilusionista (2006)

O Ilusionista é um dos meus cinco filmes preferidos, aqueles que já assisti umas 30 vezes e que não cansei ainda. De final impressionante, o filme é baseado no conto ‘Eisenheim the illusionist’, de Steven Millhauser (ganhador do prêmio Pulitzer em 1997 pelo livro The Tale of an American Dreamer), que infelizmente nunca foi publicado no Brasil.

É protagonizado por Edward Norton. E aqui é preciso fazer uma observação: além da interpretação de Norton, como sempre, ser brilhante, impecável, irretocável, o diretor e roteirista Neil Burger conseguiu abordar esse tema de uma forma única. O Ilusionista não é um filme sobre mágica, da forma como estamos acostumados. É um romance repleto de mistério e imaginação, é nostálgico, é belo. Mas voltemos à história.

Edward Abramovicz é um menino humilde, que vive com a família em Viena, e acaba se apaixonando por ilusionismo depois de conhecer um mágico na estrada.

Ele também se apaixona por Sophie, uma jovem que pertence a à aristocracia local. Apesar dos mundos completamente opostos, os dois desenvolvem uma relação de amizade muito forte, que se torna um amor adolescente. Mas diante das diferenças sociais, são proibidos de se encontrar e Edward parte.

Mas, 15 anos depois, ele retorna à Viena como o famoso Eisenheim, o ilusionista, que assombra as plateias com seu impressionante espetáculo de mágica. Sua primeira apresentação, de cara, chama a atenção de um dos mais poderosos, céticos e perversos (eu também poderia dizer asqueroso) homens da Europa, o Príncipe Leopold (Rufus Sewell), herdeiro do trocho austríaco, que também está prestes a se casar com a duquesa Sophie von Teschen (Jessica Biel). Sim, o amor de infância de Eisenheim.

A pedido dele, Eisenheim faz uma apresentação especial para a nobreza, na qual Leopold pretende desmascará-lo, já que está certo de que seus truques são fraudes. Mas as coisas não saem bem para ele, que acaba humilhado na frente de todos. Furioso, Leopold delega ao inspetor Uhl a missão de expor a verdade por trás do trabalho do mágico, o que inicia um jogo de gato e rato entre os dois.

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