Paulo Ribeiro
O ser humano não mudou
O ser humano não mudou
No Bairro Drews tem um senhor que costuma sair todos os dias bem cedo para dar comida a cães e gatos que moram na rua nas imediações de sua casa, faz por amor aos bichos. Onde moro temos três cachorros, todos bem tratados. Nosso vizinho da direita adotou três que viviam perambulando pelas ruas, até casinhas separadas os cachorros ganharam. Apesar das críticas de muitas pessoas, vários cidadãos na cidade deixam potes com água e ração em frente suas casas e estabelecimentos de trabalho, pensando nos cães desamparados, jogados a Deus dará. Mas o número de cães soltos nas ruas oscila, entretanto essa equação não se resolve por completo pelo simples motivo de que os culpados são os seres humanos, eles não se corrigem. Em meados dos anos oitenta me recordo que a "carrocinha" era o terror da gurizada que adorava os cachorros de rua, ela passava de forma sistemática nas vilas e recolhia os cães vagantes. Vários anos depois, ainda temos cachorros passando fome e sede nas ruas, destroçando lixos no instinto da sobrevivência.
Uma das vergonhas de 2020
Os episódios envolvendo os abusos cometidos pelos brasileiros em relação ao dinheiro repassado pela União aos trabalhadores informais durante o isolamento social de certa forma joga luzes na razão do que estamos vivendo há vários anos em nosso cenário político. Não perdoaram nem os mortos. Uma cidadã que visita o exterior com freqüência e expõe fotos turísticas em redes sociais chegou a afirmar que se inscreveu no programa "por engano". Fica evidente também o papel da imprensa séria e seu jornalismo de investigação que há várias décadas promove disparos de luz em meio à obscuridade daqueles que procuram se aproveitar de brechas no sistema para burlar a lei.
Obrigado, meus leitores
Cerca de duas décadas atrás comecei a escrever em jornais via internet, num primeiro momento na sessão de respostas em reportagens, colunas e materiais diversos da produção textual. Com o tempo, passei a escrever artigos para jornais, incentivado pela aceitação das minhas opiniões. Depois, fui convidado a ser colaborador na linha editorial do jornal A Notícia, onde escrevo desde seu primeiro ano de sua fundação em Cachoeira do Sul. Seguidamente encontro amigos que falam da repercussão do espaço, e recomendam pautas. É muito gratificante escrever para vocês num tempo onde cada vez mais estamos a aprender uns com os outros na tentativa de visar o bem comum e contribuir para um mundo melhor.
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