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Estudantes gaúchos conquistam pódio em 'Copa do Mundo' da Robótica

Divulgação/Furg imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - A RoboCup foi disputada em Bangkok, na Tailândia.

A equipe Butiá Bots (FBOT), composta por estudantes de graduação e pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) - com participação de alunos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) -, conquistou o terceiro lugar em uma das categorias mais concorridas da RoboCup, conhecida popularmente como a Copa do Mundo da robótica, disputada em Bangkok, na Tailândia, no fim de semana.

A universidade foi a primeira fora do estado de São Paulo a conquistar uma das vagas para o mundial na categoria @Home, responsável por testar as respostas de um robô a tarefas domésticas.

Medindo pouco mais de um metro e meio, DoRIS - acrônimo para "Domestic Robotic Intelligent System" -, foi a robô programada pelos estudantes para expressar sentimentos e executar tarefas domésticas com o auxílio de um braço mecânico também projetado e construído pela equipe. O projeto do robô foi desenvolvido junto com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e possui um valor estimado para custeio de R$ 50 mil reais, financiado principalmente por um edital internacional de fomento da própria RoboCup vencido pela equipe em 2018, e utilizando materiais reciclados de projetos anteriores da FURG e da UFSM.

Segundo a equipe, para melhorar a interação com humanos, Doris foi dotada de um banco de dados com perguntas pessoais como, por exemplo, "qual seu filme favorito?" ou "qual a pessoa mais importante para você", conferindo uma "personalidade". Além disso, a robô também é capaz de fazer pesquisas no Google para responder perguntas ou oferecer informações como clima, hora e assim por diante.

Durante a competição, os robôs competidores realizam tarefas e testes dentro de uma casa simulada, em um ambiente realista e não padronizado. As provas têm duração entre 5 e 15 minutos, nas quais é necessário identificar objetos, pessoas, manipular itens e detectar quando alguém pede algo falando e gesticulando ao robô. O robô também precisa responder perguntas pré-definidas e transitar em ambientes sem colidir com os obstáculos.

"O resultado obtido foi excepcional, dado o alto grau de competitividade da categoria que participamos e o fato de ser a primeira vez que participamos em nível mundial. Por outro lado, a FURG tem um longo histórico de excelência no desenvolvimento e formação de recursos humanos na área de Robótica", comentou o coordenador da equipe, o professor Paulo Drews.

Nesta edição, outras equipes brasileiras também se destacaram na competição: a RoboCin, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ganhou primeiro lugar na categoria Small Size League de Futebol de Robôs, e a RoboFei (FEI-SP), ganhou o primeiro lugar na mesma categoria em que o time da FURG conquistou o terceiro lugar.


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