CACHOEIRA DO SUL PREVISÃO

Contenção da doença

Mutirões contra a dengue iniciam amanhã

Ilustração imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

A Secretaria Municipal da Saúde determinou, na manhã de segunda-feira, 18/4, novas medidas para conter a dengue em Cachoeira do Sul. Além da atuação de agentes nos bairros com maior número de casos, foi marcado um calendário de mutirões que será iniciado oficialmente na quarta-feira, 20/4, no bairro Oliveira. A região ainda é a primeira em número de ocorrências, com pelo menos 55 casos entre confirmados e sob suspeita de contágio

A concentração do grupo para o início das atividades será às 8h, em frente à Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Rua Tito Osório Torres. As ações, além de pelo menos 50 servidores da área técnica, envolverão colaboradores da área administrativa da Saúde, além da equipe da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, pelo menos duas vezes na semana. 

A proposta é que a frente de trabalho dê maior atenção às vias públicas e propriedades particulares - mediante permissão do proprietário ou morador. Além disso, nas áreas que ofereçam risco de procriação do mosquito Aedes aegypti seja pelo acúmulo de lixo ou de pontos de água parada, auxiliando na orientação dos residentes e diretamente na limpeza e organização dos pátios. 

A partir das próximas semanas, o calendário dos super mutirões percorrerá, por ordem, os bairros Noêmia, Santa Helena, Marina, Quinta da Boa Vista, São José e Medianeira. A proposta do secretário da Saúde é, depois da ação inicial, mobilizar demais entidades e órgãos públicos à campanha, como a União Cachoeirense das Associações de Bairros (Ucab), 8ª Coordenadoria Regional da Saúde, Legislativo Municipal, demais secretarias municipais e o Exército, através das guarnições do 3º Batalhão de Engenharia de Combate e 13º Grupo de Artilharia de Campanha. 

Os mutirões se iniciarão sempre às 8h. Na terça-feira, 26/4, o mutirão será no bairro Noêmia, em frente a ESF do bairro. No dia 28/4, no bairro Santa Helena em frente a EAP Centro Social Urbano. Em maio, no dia 3/5, será no bairro Marina, em frente a EAP Marina (ex-US14). Em 5/5, o bairro Quinta da Boa Vista sediará o grupo em frente a ESF do bairro. As atividades no dia 10/5 e 12/5 serão no bairro São José e Medianeira, respectivamente, com ponto de partida a confirmar.

Atuação

A equipe técnica, composta pelos agentes de endemias e agentes comunitários de saúde, além de seus coordenadores, atuarão ação educativa junto aos moradores e diretamente no bloqueio de transmissão viral, através da aplicação de inseticida específico que é pulverizado nas áreas infectadas, do larvicida quando for o caso, pastilhas para caixas d´água e a estratégia popularmente conhecida como fumacê, que consiste em dispositivos individuais utilizados pelos aplicadores que emitem uma "nuvem" de fumaça com baixas doses de um agrotóxico, eliminando a maior parte dos mosquitos adultos presentes na região.

O Setor de Epidemiologia do DVS orienta os cachoeirenses para os cuidados preventivos como a limpeza criteriosa de seus pátios, como forma de eliminar focos de água parada. A doença é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, após este já ter tido contato anterior com algum contaminado, e os sintomas podem aparecer no período compreendido entre três e 15 dias: febre, dor e manchas pelo corpo, náusea, vômitos e dor de cabeça caracterizada pela dor nos olhos.

Prevenção

O DVS orienta a população para a eliminação de criadouros nas áreas externas de suas residências, como forma de abolir focos de água parada. A limpeza dos imóveis é fundamental neste processo. É preciso manter os pátios bem varridos e eliminar qualquer recipiente que possa estar acumulando água; eliminar água dos pratos das plantas; tampar caixas d´água, tonéis e demais recipientes que armazenem água; realizar a higienização criteriosa de vasilhas de uso geral, seja para criação de plantas ou animais.

De acordo com o coordenador do Departamento de Vigilância em Saúde, Luís Carlos Adorne, "não há outra maneira de combater a dengue a não ser com um trabalho integrado". Ele alerta que a chegada do clima frio não conterá, espontaneamente, a proliferação do mosquito. "A doença pode evoluir para quadros de saúde preocupantes e, nesse sentido, todos teremos de arregaçar as mangas", afirma.

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