A partir de segunda-feira, 29/8, o Movimento pela Restauração da Estação da Ferreira iniciará a retirada, catalogação e transporte para local seguro das telhas, estrutura do telhado e entrepiso de madeira que ainda restam no prédio histórico. A atividade será em prol da futura recuperação do local. Atualmente, os materiais oferecem risco tanto à edificação tombada como as pessoas que visitam o local.

A ação, que terá auxílio da Prefeitura de Cachoeira do Sul e 3º Batalhão de Engenharia de Combate (3º BE Cmb), consistirá na retirada individual das telhas e peças de madeira que serão amarradas e transportadas por dois caminhões munck do Exército. Durante a retirada, as peças serão catalogadas para que os profissionais saibam exatamente do que se trata e de onde foram retiradas e para que futuramente possam ser reaproveitadas no processo de restauro. Após, serão levadas para uma propriedade particular próxima a Estação da Ferreira, onde ficarão armazenadas, aguardando o restauro. Depois de ser esvaziado, o local será limpo e lavado.

A estimativa é de que este trabalho dure cerca de uma semana, se não houver dias de chuva. Para trabalhar na retirada das peças, todos os voluntários, militares e servidores da Prefeitura passarão por um treinamento de trabalho em altura (NR15) que será ministrado gratuitamente pelo Técnico em Segurança do Trabalho Dionas Trindade da Fontoura.

Em paralelo, o estudo para futura utilização do espaço será continuado. Já existe um projeto de restauro assinado pelo arquiteto Osni Schroeder, falecido em dezembro de 2020, quando era coordenador do Movimento pela Restauração da Estação da Ferreira.

O Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (COMPAHC) de Cachoeira do Sul já recebeu comunicado sobre esta intervenção emergencial. Eles participam do Movimento desde o início e receberam a garantia de que tudo será feito respeitando a legislação de preservação.