Guerra
Rússia ataca Ucrânia
Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
Após autorização do presidente Vladimir Putin, a Rússia se mobilizou para invadir a Ucrânia nesta quinta-feira, 24/2. Há imagens de explosões e movimentações de tanques em diferentes cidades ucranianas.
Explosões foram ouvidas nas proximidades de Kiev, a capital ucraniana. Tropas russas cruzaram a fronteira por Belarus, ao norte, e pela Crimeia, região anexada pela Rússia em 2014 no sudeste da Ucrânia.
É o maior ataque de um país europeu contra outro do mesmo continente desde a Segunda Guerra; Putin justificou ação militar para proteger separatistas no Leste e ameaçou quem tentar interferir. ONU pediu que ele recue e Biden disse que guerra será catastrófica.
Putin pediu que o Exército ucraniano deveria deixar as armas e voltar para casa. O russo ainda ameaçou: "Quem tentar interferir deve saber que a resposta da Rússia será imediata".
Fuga
A população ucraniana está em mobilização para fugir de Kiev, por isso, são registrados grandes congestionamentos. Brasileiros que moram na Ucrânia relataram caos e corrida por mantimentos. O Aeroporto de Kiev foi esvaziado e voos foram suspensos e cancelados. Trens estão lotados.
Lei Marcial
Foi instaurada a Lei Marcial na Ucrânia, que é quando as leis militares sobrepõem as leis civis. "Estamos introduzindo a lei marcial em todo o território do nosso país. Há um minuto, tive uma conversa com o presidente Biden. Os EUA já começaram a unir o apoio internacional. Hoje cada um de vocês deve manter a calma. Fique em casa se puder. Nós estamos trabalhando. O exército está trabalhando. Todo o setor de defesa e segurança está funcionando. Sem pânico. Nós somos fortes. Estamos prontos para tudo. Vamos vencer todos porque somos a Ucrânia." Disse o atual presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Discurso
Através de um vídeo divulgado nesta quarta-feira, 23/2, o Presidente fez um discurso direcionado aos cidadãos da Rússia. Ele afirmou que a 'liderança' aprovou que soldados e 'milhares de veículos militares' tem aprovação para dar um passo adiante na Ucrânia.
"Quero me dirigir a todos os cidadãos russos. Não como presidente. Dirijo-me aos cidadãos russos como cidadão da Ucrânia", disse o presidente, enquanto falava em russo. "Existem mais de 2000 km de fronteira comum entre nós. Seu exército está ao longo dessa fronteira agora. Quase 200 soldados. Milhares de veículos militares. Sua liderança aprovou que eles dessem um passo adiante, para o território de outro país".
Ao mesmo tempo, o presidente da Ucrânia enfatizou que as acusações de que os ucranianos são 'neonazistas' são falsas. "Estão dizendo a vocês que somos nazistas. Como pode uma nação que deu 8 milhões de vidas para combater o nazismo apoiá-lo? Como posso ser nazista? Conte ao meu avô sobre isso", explicou o presidente. "Ele esteve, durante toda a guerra, na infantaria do exército soviético e morreu como coronel na Ucrânia independente."
"Estão dizendo a vocês que odiamos a cultura russa? Como alguém pode odiar a cultura? Alguma cultura? Os vizinhos sempre se enriquecem culturalmente, mas isso não os torna um, não nos dissolve em vocês", explicou Volodymyr. "Nós somos diferentes. Mas não é motivo para sermos inimigos." Durante o discurso, ele disse que ligou para Putin, contudo o presidente não o atendeu.
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