inflação
Setor alimentício da Argentina ameaça congelamento de preços
Apesar do otimismo elevado pelo governo nos dias, a entidade que reúne as empresas de alimentos da Argentina afirmou, nesta terça-feira, 19/10, que ainda faltam as condições para que elas aceitem um acordo para retroagir e congelar os preços de cerca de 1 650 produtos que fazem parte da cesta básica até o início de janeiro.
O congelamento é uma tentativa de conter a inflação, que, de acordo com os últimos dados oficiais disponíveis, disparou 52,5% em setembro em relação ao mesmo mês de 2020 e acumulou alta de 37% nos primeiros nove meses de 2021.
"Pensamos que os preços têm que voltar e se estabilizar por 90 dias, e construir um cenário de maiores níveis de consumo que os empresários vão registrar em termos de quantidade, e não de preço", disse o secretário de Comércio Interior, Roberto Feletti, que lidera como setor empresarial.
Em um comunicado, no entanto, o presidente da Coordenadora da Indústria de Produtos Alimentícios (Copal), Daniel Funes de Rioja, disse que ainda "não há condições" para fechar o acordo com o governo.
"O argumento de que a informação se acelerou devido ao aumento de preços da categoria de produtos de alimentos e bebidas perde sentido, já que existem outros tipos de preços crescem acima dos índices inflacionários", disse a entidade.
No conjunto de alimentos e bebidas, foram registrados um aumento interanual de 53,4% em setembro e uma alta alta de 36,6% desde o início deste ano.
A ideia do governo é que as empresas façam os preços dos produtos selecionados recuar até os patamares registrados em 1º de outubro último e que eles permaneçam congelados até o início de janeiro de 2022. Caso os empresários não fechem um acordo, a medida pode ser tomada por decreto governamental. O prazo inicial era o meio-dia desta terça.
Fontes da Secretaria de Comércio Interior afirmaram ao site Infobae que as propostas dos empresários foram incorporadas à lista elaborada pelo governo.
"Apostamos que haverá um acordo. A situação é que na primeira quinzena de outubro vimos uma aceleração irracional dos preços. Queremos diálogo, mas todo esse trabalho não pode ser feito com aumentos que estão fora de qualquer tipo de sensatez", disse.
Segundo o Infobae, uma lista que o governo adicionou às empresas tem 598 páginas e é composta de quase 30 mil itens, já que contém o preço de cada produto nas diferentes regiões do país. Esses valores são os que devem ser cobrados da população.
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