Relatos de abuso de autoridade por parte da Ronda Ostensiva Municipal Urbana (Romu) da Guarda Civil Municipal tomaram as redes sociais na noite deste domingo, 26/9, após ocorrência no bairro Bela Vista.

Segundo testemunhas, um homem foi agredido por agentes da Romu. Populares informaram que a vítima mora no bairro e é conhecido na região por ajudar a vizinhança. Segundo moradores, tudo começou quando o cão de uma moradora, que estava solto pela rua, atacou o homem, lhe ferindo no punho esquerdo e na perna direita. Ele teria procurado a proprietária do animal para resolver o impasse. Vizinhos teriam chamado a Romu para intervir.

Testemunhas dizem que cerca de cinco agentes passaram a agredi-lo logo que chegaram ao local. De acordo com familiares, o homem apresentava lesões em outras partes do corpo.

Procurado pelo CIDADE, o secretário de Segurança e Trânsito, José Clemente Correa, conta outra versão. De acordo com ele, o homem é morador do cruzamento das Ruas Cabo Luis Quevedo e Júlio de Castilhos, conhecido por cometer delitos e usuário de drogas. "Na noite deste domingo, uma senhora, intitulada protetora dos animais, solicitou a Ronda através do telefone da Guarda Municipal em razão deste mesmo homem ter batido com um pedaço de pau nas casinhas de cachorro que estavam localizadas junto a calçada de sua propriedade e por isso, os cachorros o atacaram", diz. Conforme ele, a mulher possui desavenças com outros moradores por ser protetora dos animais e ter diversos cães em sua propriedade

Clemente disse que uma agente feminina abordou o homem, que estava alterado sob efeito de álcool ou entorpecentes, e não aceitou a abordagem. "Sendo assim a Romu teve que utilizar a força para conter o homem, o algemou para manter a integridade dos demais agentes e o encaminhou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA)", relatou. Clemente ainda afirmou que o profissional médico de plantão relatou que o homem tinha somente uma lesão no punho devido à mordida do animal, cujo laudo foi anexado à ocorrência. No entanto, ele se recusou a fornecer qualquer documento que comprovasse sua versão, pois os já havia sido relatado por telefone. Procurado pelo CIDADE sobre os ferimentos apresentados pelo rapaz quando deu entrada na UPA, o Hospital Santa Casa, que administra a unidade, disse que não pode fornecer tais informações, uma vez que são protegidas pelo sigilo do prontuário.

Segundo Clemente, o homem e a senhora foram encaminhados à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), em viaturas separadas. Após o ocorrido, uma terceira viatura compareceu ao local para averiguar as condições do ambiente. Após registro de ocorrência todos foram liberados.