Paulo Ribeiro
Fragilidade humana
Fragilidade humana
Há uma infinidade de teorias sobre a origem do vírus que praticamente parou o planeta Terra em 2020, mas ao menos por enquanto são apenas suposições. Com o tempo certamente teremos respostas mais lúcidas e definitivas, com o devido distanciamento cronológico de uma época cuja intensidade nas discussões políticas atrapalha o bom senso. De qualquer forma, dá para concluir que somos frágeis diante das coisas mundanas, a ponto de termos de nos curvar diante de um inimigo minúsculo que não está ao alcance de nossa limitada visão. Belos tempos para se despir das vestes da soberba humana.
O regresso vergonhoso
Está começando pelo Rio de Janeiro a retomada do futebol profissional, em plena vigência da quarentena. Obviamente, há um rigoroso protocolo elaborado para a volta dos jogos, incluindo a ausência de torcida nas arquibancadas e limitação no número de profissionais envolvidos no espetáculo, tanto dos times como da imprensa. Mas algumas universidades brasileiras já começam a cogitar o recomeço das aulas presenciais somente para o ano que vem. É que o futebol envolve uma cifra incomum para a realidade por aqui, em se tratando de dinheiro dá-se um jeito de pular etapas. Isso diz muito sobre a realidade que estamos vivendo, isso há décadas, uma questão cultural que tem invertido o valor das coisas.
Liberdade sim, desrespeito não
Muito se fala nos exageros cometidos por internautas nas redes sociais, o que verdadeiramente é uma prática muito comum que enseja processo judicial diariamente. Mas também de dentro das redações de jornais, rádios e televisões também costumam brotar sementes da discórdia, ninguém em absoluto está acima do bem ou do mal. O real problema são as pessoas, independente do lugar em que elas se encontram. Muitas vezes, trancado dentro de uma sala com meia dúzia de colegas o sujeito escreve tudo aquilo que bem entende com o intuito de defender o negócio que lhe sustenta, mas quando recebe uma opinião em contrário rebate até com ameaça processar a pessoa, enquanto se diz ferrenho defensor da liberdade de expressão. Ou seja, um discurso vazio que não encontra eco na lógica.
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