Vinhos e sucos de uva
Noventa e nove por cento das amostras não apresentam toxina OTA
O Laboratório de Referência Enológica Evanir da Silva (Laren), da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), detectou a presença de Ocratoxina A (OTA) em apenas uma de 210 amostras de vinhos e sucos de uva nacionais analisados. A testagem faz parte de um projeto prioritário da Seapdr para verificar a qualidade dos sucos de uva e vinhos produzidos no Brasil. O Rio Grande do Sul é responsável por cerca de 90% dos vinhos, espumantes e sucos de uva no país.
Do total de amostras avaliadas, 107 eram sucos de uva e 103 eram de vinhos comerciais, provenientes de uvas tintas e brancas. O Rio Grande do Sul responde por 93% destas amostras, que foram coletadas em 2018, em estabelecimentos comerciais e vinícolas, por fiscais estaduais agropecuários da Secretaria. No único resultado em que houve detecção de OTA, os traços encontrados representam valor dez vezes inferior ao limite máximo permitido. "Portanto, todas as amostras apresentaram resultados abaixo dos limites da legislação vigente brasileira, europeia e também recomendados pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV)", detalha Fernanda Rodrigues Spinelli, consultora especialista do Laren.
A OTA é uma espécie de toxina produzida por fungos durante o amadurecimento da uva, que tem características possíveis de causar câncer, problemas nos rins e no sistema imunológico, ou danos a fetos durante a gravidez. "Os resultados deste estudo são particularmente importantes tendo em vista a segurança do consumidor e demonstram a qualidade dos sucos de uva e vinhos comerciais nacionais analisados. Pesquisas e ações como esta são importantes ferramentas de controle, fiscalização e atualização de informações", finaliza Fabíola Boscaini Lopes, chefe da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, à qual o Laren está vinculado.
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