Cavalo Crioulo
Rédeas de Ouro apresenta vencedores do ano na modalidade
O encerramento do Rédeas de Ouro 2020 será marcado pelas grandes médias alcançadas pelos conjuntos do Campeonato Nacional Aberto, pelo bicampeonato de Jone Carlos da Silva e pelo tricampeonato de Jubileu da Roraima, fatos que concluíram com grande estilo uma edição histórica na principal pista da raça Crioula, no Parque de Exposições Assis Brasil de Esteio (RS), entre os dias 7 e 12 de dezembro. A competição foi organizada pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC).
O tordilho Jubileu da Roraima escreveu mais uma vez o seu nome na história da modalidade. Pela terceira vez venceu o Campeonato Nacional do Rédeas de Ouro, com 223 de nota, agora com Jone Carlos da Silva. O feito já havia sido alcançado nas edições dos anos de 2018 e 2019, em ambas com Gilson Diniz Filho, atingindo 223,50 e 220,50 de nota, respectivamente. É de propriedade de Evandro Levendosk, competidor de rédeas que conquistou o Campeonato Nacional Amador N4 com o próprio Jubileu nesta edição, com 218,5 de nota.
O momento foi igualmente impactante para o cavaleiro que começou a correr o Rédeas de Ouro em 2019, conquistando na ocasião o já mencionado Campeonato Nacional e o Potro do Futuro do Rédeas de Ouro. "Eu tô muito feliz. Ele é um cavalo muito especial, por isso ele é tricampeão. Eu tô muito feliz por ser bicampeão, venho trabalhando firme pra isso. E o Evandro Levandosk me deu a oportunidade de montar nesse garanhão", comemorou o cavaleiro.
Além disso, as médias do Campeonato Nacional também impressionaram. O 10º colocado, por exemplo, com o próprio Jone Carlos da Silva atingiu 214 de nota, cujos desempenhos foram escalando até o topo da tabela de classificação com os 223 pontos do conjunto campeão.
Já Gabriel Martins garantiu os pódios do Campeonato Nacional Amador e Potro do Futuro Amador. O cavaleiro faturou mais alguns títulos para uma carreira vitoriosa. No Potro do Futuro Amador, venceu nos níveis 2, 3 e 4 com Talentoso do AEC, atingindo 207,5 de nota. Já no Campeonato Nacional Amador, mais uma vez comprovou ser parte de um conjunto de craque. Venceu com Craque Marca dos Santos as categorias 2, 3 e 4, com 218,5 de nota.
Na noite desta sexta-feira, 11/12, o multicampeão Gilsinho Diniz entrou em pista no último box com Guardião Marca dos Santos e saltou à liderança do Nível 4 do Potro do Futuro aberto, com 218,5 de nota. O cavalo tostado, aliás, traz "sangue de campeão", já que é filho do bicampeão Nacional Aberto e Nacional Amador da ABCCC, F5 Licurgo Tapajós, o "Loiro", que também representou a raça Crioula e o Brasil nos Jogos Equestres Mundiais 2018, nos Estados Unidos.
No Nível 3 do Potro do Futuro, o conjunto campeão foi formado pelo cavaleiro e coordenador da Subcomissão de Rédeas da ABCCC, Antônio Corrêa, montando Zehava do Trinta e Oito e 215 de nota. No Nível 2, o Freio de Ouro 2017 com PN Cambiasso, Adriano Comunello, levantou o troféu após ter conquistado 210,0 de nota com Rincon da Bela Aliança.
Em sua segunda edição, Mapuche Reining Cup premiou os trios vencedores. A competição, que é promovida pela Cabanha Mapuche dentro do Rédeas de Ouro, estimula a participação de trios compostos por competidores dos níveis profissional, amador e principiante. O trio vencedor foi composto por Bruno Perrella, com Fortuna Marca dos Santos; Gabriel Cordeiro Martins, com Craque Marca dos Santos; e Jone Carlos da Silva, com Jubileu da Roraima. O total de pontos obtidos pelo trio foi de 653,50. O prêmio individual foi entregue ao próprio Jone, com os seus 223,0 pontos.
Na abertura da programação do Rédeas de Ouro 2020 os 16 conjuntos da categoria Snaffle Bit aberto entraram em pista em busca de uma premiação igualmente inesquecível. Igualada à oferecida ao Potro do Futuro, os cavaleiros e cavaleiros que montaram cavalos com até três anos hípicos tiveram um incentivo extra. O conjunto campeão foi formado pela amazona Carolina Paiva Bianchi com Abismo do Trinta e Oito, com 216,5 de nota.
Além de garantir um prêmio de R$ 10 mil e uma sela, Carolina ainda comemorou a história de superação que foi construída com tostado salino salgo direito. "É o primeiro que pego desde o início para domar e treinar e eu nunca tinha corrido um Snaffle Bit, e eu tô muito feliz. Esse potro tem um coração muito grande porque eu me machuquei com uma égua, um tempo atrás, que ela caiu por cima de mim e no fim quebrei duas costelas. Ele ficou dois meses parado, faz 40 dias que eu voltei a montar nele. É um cavalo que me surpreende muito", valorizou.
A pandemia impôs uma série de dificuldades que impactaram por completo a vida em sociedade, incluindo o calendário anual da raça Crioula. A mudança da pista do Rédeas de Ouro, que seria realizada em Campina Grande do Sul (PR), a menos de um mês para a competição, foi mais um desses obstáculos. Apesar disso, o evento foi realocado para a principal pista da raça, em Esteio/RS, que foi preparada para receber os conjuntos da modalidade de rédeas.
O esforço despendido pela ABCCC foi reverenciado pelo coordenador da Subcomissão de Rédeas, Antônio Corrêa. "Nós nos preocupamos demais, mas uma coisa sempre firmamos às pessoas: vai acontecer o Rédeas de Ouro. Tenho certeza absoluta que superamos todas as expectativas. Nós tivemos comentários de pessoas que conhecem as pistas do Brasil e pistas lá fora, que a nossa não deixou nada a desejar para nenhuma outra. A prova disso é que as maiores notas dos campeonatos nacionais do Rédeas de Ouro aconteceram nesta tarde aqui", valorizou.
O Rédeas de Ouro teve a avaliação dos juízes Fernando Oliveira, Hiram Resende, Marcos Antônio da Silva Jr, Ricardo Heymann e Reginaldo Melo Rosa, que compõem o corpo da Associação Nacional do Cavalo de Rédeas (ANCR), incluindo o juiz de equipamento Ederson Machado.
Com informações da Agroeffective.
Deixe seu comentário