Leitura Crítica
Governo retira questões do Enem
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Algumas questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram retiradas da prova após uma "leitura crítica" do governo Jair Bolsonaro, sob o argumento de serem "sensíveis". O governo está usando da impressão prévia de provas e da análise do banco de questões por comitês externos ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), para tentar controlar o conteúdo da prova. O exame será aplicado nos dias 21 e 28 de novembro.
Para a análise das questões, servidores do Inep tiveram que imprimir a prova previamente dentro da sala segura do órgão, em um procedimento não adotado em anos anteriores. A sala segura é um ambiente criado para manter o sigilo absoluto da montagem das provas, com detector de metais e senhas nas portas. o diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep, Anderson Oliveira, examinou uma primeira versão do Enem deste ano.
As comissões de montagem da prova sugeriram outras perguntas para substituir as 24 retiradas, uma vez que o exame tem uma quantidade de questões consideradas fáceis, médias e difíceis. Por isso, algumas tiveram de ser reinseridas no teste. As questões do Enem são feitas por professores contratados pelo Inep há anos. Depois, comissões técnicas do órgão montam a prova de cada uma das quatro áreas, seguindo a metodologia de Teoria de Resposta ao Item (TRI), que calibra a dificuldade do exame. Temas como sexualidade e ditadura militar, por exemplo, deixaram de ser sugeridos.
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