A Secretaria da Saúde (SES) e o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems/RS) definiram, nesta segunda-feira, 12/7, a antecipação de 12 para 10 semanas o intervalo entre as doses da vacina contra a covid-19 dos fabricantes Oxford/AstraZeneca e Pfizer/BioNTech.

A decisão, tomada durante reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), se deu em decorrência da suspeita de dois casos da variante delta (variante indiana) no Estado e a quantidade de doses de vacinas AstraZeneca reservadas para a segunda dose na Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi). O objetivo da ação é garantir melhor resposta imune para essa variante, uma vez que uma dose só é pouco efetiva.

Para a conclusão, foi levado em consideração que a SES tem 687.105 doses da Astrazeneca reservadas para serem distribuídas aos municípios nos próximos dias. Até o momento, o adiantamento da aplicação das vacinas Pfizer ocorrerá, pois não há previsão de remessas para segunda dose até o início de agosto.

Com isso, todas as remessas que o Estado receber dessas duas fabricantes utilizarão o intervalo de 10 semanas. O intervalo será menor, porém, dentro da margem de segurança da efetividade da vacina. Os imunizantes recebidos deverão ficar reservados para a aplicação da segunda dose dentro do prazo.

De acordo com a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica, do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, este intervalo diminui individualmente a proteção contra a doença, mas é efetiva para interromper uma possível circulação da variante delta.

A diretora do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde, Ana Costa, explica que "para essa cepa, é ainda mais necessário ter o esquema vacinal completo". Apesar do intuito ser acelerar a imunização completa da população, a secretária da Saúde, Arita Bergmann, ressaltou que o Estado não deverá usar doses reservadas para segunda dose na primeira aplicação e nem vice-versa.