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Apenadas do RS são pioneiras na produção de bioabsorventes

Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

O Rio Grande do Sul é o primeiro estado a produzir bioabsorventes com mão de obra de apenadas. A iniciativa se tornou referência nacional e está num projeto-piloto do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) para ser expandido para outros Estados.

Os bioabsorventes, também chamados de absorventes ecológicos, são confeccionados com tecido tecnológico desenvolvido por uma marca fundada em 2017 por estudantes de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Eles podem ser reutilizáveis e, com a lavagem adequada, duram até três anos. Tais absorventes contribuem para absorver a menstruação de forma segura, higiênica e confortável, além de gerar um impacto significativo na redução de lixo ambiental a longo prazo.

A capacitação da confecção dos produtos foi feita através de oficina com as voluntárias Raissa Kist e Victoria Castro, da empresa Herself, da UFRGS. As apenadas também receberam instruções sobre educação menstrual e responsabilidade socioambiental.

"A iniciativa surgiu aqui e é muito importante para o Rio Grande do Sul ser escolhido como um Estado que vai servir de exemplo para um programa nacional", enfatizou a psicóloga Débora Ferreira, do Departamento de Políticas Penais da Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS) e ponto focal do Depen das Políticas Penitenciárias no RS. O trabalho é feito em parceria com o Departamento de Tratamento Penal da Susepe (DTP).

O que se espera do projeto é a criação de uma cooperativa social de mulheres dentro do sistema prisional para que os bioabsorventes, além de uso próprio, possam ser vendidos. "Esse projeto abrange a educação menstrual e a geração de trabalho e renda, com foco no empreendedorismo, visando profissionalizar as apenadas nessa área, deixando-as aptas a produzir para todo o sistema prisional e para outras entidades que queiram fazer parceria", afirmou a chefe da Divisão de Trabalho Prisional do DTP, Elisandra Minozzo.

O Presídio Feminino de Torres já está realizando a confecção de protetores menstruais sustentáveis com máquinas há um semestre. Na semana passada, apenadas do Presídio Feminino de Lajeado também iniciaram a produção. Esse modelo já tinha sido estudado em 2019 com apenadas do Presídio Feminino de Guaíba e com o Instituto Penal Feminino de Porto Alegre.


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