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Violência

Ensino de qualidade reduz violência, diz estudo

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Um levantamento feito pelo Insper analisou como variações na qualidade da educação básica afetam indicadores de violência e trabalho dos municípios. O trabalho foi divulgado na segunda-feira, 14/3, pelo Instituto Natura.

Os pesquisadores criaram um indicador que mede a qualidade do ensino durante toda a trajetória escolar de um estudante. Para isso, eles identificaram a proporção de alunos que conseguiram concluir o ensino médio na idade certa, fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e as notas que tiveram na prova.

Foram analisadas as variações do indicador entre 2009 e 2014. Nas cidades em que a média avançou, ou seja, uma proporção maior de alunos fez o Enem e conseguiu uma nota maior, identificou-se queda de homicídios e aumento na geração de empregos.

A análise mostrou que o aumento de um ponto no indicador, no período de cinco anos observado, está associado a uma diminuição de 25% nos homicídios e de 200% na geração de empregos entre jovens de 22 e 23 anos.

A correlação entre indicadores educacionais e violência já havia sido mensurada, por exemplo, em uma pesquisa de 2016 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Naquele estudo, o parâmetro era a taxa de escolarização: para cada 1% a mais de jovens entre 15 e 17 anos nas escolas, há uma diminuição de 2% na taxa de assassinatos nos municípios.

Indicador

Para construir o novo indicador, os pesquisadores identificaram primeiro a quantidade de alunos de 6 e 7 anos em cada município e compararam com a proporção de quantos deles tinham concluído os estudos dez anos depois. Uma proporção alta significa que poucos reprovaram ao longo da trajetória escolar ou abandonaram a escola.

Depois identificaram quantos desses concluintes foram fazer o Enem. Como a prova é a principal porta de entrada para o ensino superior do país, os pesquisadores consideraram que o ensino básico motivou esses estudantes a continuar estudando. Depois de calcular o índice dos municípios, os pesquisadores compararam as variações das taxas de homicídio e criação de emprego no período de cinco anos.

Cidades que avançaram um ponto na escala tiveram um aumento médio de 20 empregos gerados e redução de 25% nos homicídios nesse período. A próxima etapa do estudo será identificar quais foram as políticas adotadas ou fortalecidas no município nesse período para que o indicador avançasse.


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