Depois de uma queda histórica no primeiro ano de pandemia, as mortes no trânsito voltaram a crescer no Rio Grande do Sul. Segundo relatório publicado pelo DetranRS na terça-feira, 29/3, o Estado registrou 11% mais mortes em 2021 em comparação com o ano anterior. O documento acompanhou 30 dias pós-acidente, quando são monitorados os feridos, e análise das informações. Conforme o departamento, os fatores que explicam o aumento dos acidentes é a vacinação em massa e retorno das atividades presenciais

Os dados apontam que a acidentalidade fatal voltou aos níveis de 2019, último ano antes da pandemia. Foram 1 624 mortes no trânsito em 2021, número significativamente maior que no ano passado, quando morreram 1 464 pessoas, mas com pequena variação em relação aos 1 617 de 2019.

Motociclistas seguem sendo as maiores vítimas proporcionalmente. Embora sejam 20% da frota, eles representaram 26% das mortes no trânsito em 2021, quando 421 motociclistas perderam a vida no Estado. Esse percentual chega a quase 28% quando incluídos na conta os caronas de moto que morreram em acidentes de trânsito. Condutores representaram 30% dos mortos - sendo 476 pessoas - e pedestres, 17%, que correspondem a 284 pessoas.

A proporção de homens e mulheres entre as vítimas de acidentes de trânsito historicamente chega perto de em cinco para um, ou seja, para cada mulher morta em acidente, morreram cinco homens. Jovens e adultos até 44 anos representaram a maior parte das vítimas, totalizando 867 pessoas mortas no trânsito gaúcho.

A análise dos números indica que os finais de semana seguem concentrando os maiores índices de acidentalidade, assim como o turno da noite. Trinta e oito por cento dos acidentes fatais ocorreram aos sábados e domingos, e 54% nos turnos da noite e madrugada.

Educação e fiscalização

De acordo com a diretora institucional do DetranRS, Diza Gonzaga, a educação no trânsito é um processo permanente de transformação social. "A Escola Pública de Trânsito promoverá ainda mais a mudança de comportamento entre todos os que compartilham o espaço público, seja a pé, de bicicleta, de carro ou de que forma for. Para o período crítico - noites e madrugadas dos finais de semana - vamos intensificar a Balada Segura, que deve seguir firme e atuante, retirando de circulação aqueles motoristas que não têm condições de trafegar sem colocar em risco a sua segurança e a dos demais usuários das vias", afirma.

A ideia da autarquia é reforçar o programa, com adesão de mais municípios, apoio técnico aos municípios já conveniados e formação de novos agentes no estado.

Com informações do Detran