Região Central
Febre amarela é causa de morte de bugios
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Restinga Sêca confirmou o primeiro caso de febre amarela em um bugio. O animal foi encontrado na localidade de São Miguel do Novo, que fica próximo ao trevo de acesso ao município. A partir dessa confirmação, a cidade passa a ser considerada área de transmissão do vírus da febre amarela. Na semana passada a Superintendência de Vigilância em Saúde enviou um alerta epidemiológico para os serviços de saúde de Santa Maria que confirma o registro de Febre Amarela em um macaco morto no distrito de Passo do Verde. Até o momento, Santa Maria nunca teve casos de Febre Amarela em humanos.
De acordo com o professor da Faculdade de Biociências da PUCRS e especialista em Primatologia, Júlio César Bicca-Marques, a disseminação da doença é feita pelo mosquito fêmea. Por medo de contágio, moradores de regiões onde há bugio-preto e bugio-ruivo muitas vezes agridem e até matam esses animais, o que é crime ambiental e coloca em risco a saúde da população. "O bugio não é um reservatório do vírus. O vírus não fica na corrente sanguínea do animal após o curto período da doença, que dura, no máximo, cerca de 10 a 12 dias. Na maioria dos casos, o bugio morre de febre amarela. Quando não morre, desenvolve imunidade e o vírus não o prejudicará mais", ressalta. Pelo contrário, o bugio alerta onde é necessária uma campanha de vacinação devido a essa baixa resistência à doença. "Sem eles, só saberíamos da existência de um surto da doença quando pessoas começassem a morrer. E isso aumentaria o risco de reurbanização da febre amarela".
A imunização contra a febre amarela pode ser aplicada junto a vacina da gripe ou após 15 dias da vacina contra covid-19. Crianças a partir de 09 meses podem ser vacinadas, com dose de reforço aos 04 anos. Grávidas e pessoas acima dos 60 anos devem buscar orientação médica. Quem já foi imunizado não precisa se vacinar novamente.
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