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Com partido rachado, emedebistas apoiam Onyx na disputa ao Piratini

O racha interno do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) ainda na fase de definição das candidaturas não foi superado. Seguindo os passos da sigla em nível nacional, o MDB gaúcho abriu mão de candidatura própria ao Palácio Piratini e em uma coligação com o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) indicou Gabriel Souza como candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo ex-mandatário Eduardo Leite.

Apoio à Onyx

No entanto, o núcleo que apoiava a candidatura própria, formado por lideranças como o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Mello, e o ex-prefeito de Santa Maria e ex-secretário de Segurança Pública, Cézar Schirmer, segue unido e agora declarou apoio a Onyx Lorenzoni (PL) neste primeiro turno. Em evento com a presença do candidato, eles afirmaram apoio à reeleição de Jair Bolsonaro e eleição de Onyx.

"O MDB do Rio Grande do Sul era um baluarte, um esteio de valores e de virtudes. De seriedade, de decência, de devoção ao Rio Grande e ao Brasil. E por isso, tantas e tantas vezes divergimos do MDB nacional. Agora, o MDB do RS se rendeu ao MDB nacional, assumindo os mesmos métodos, as mesmas práticas não republicanas de fazer política", disse Schirmer na ocasião.

"E é por isso que estamos aqui hoje para reafirmar nossos compromissos com este estado e este país, com a boa política, com a dignidade, a altivez, o espírito público, com a política elevada como instrumento de realização do bem comum. E é por isso que não nos resta outro caminho senão, no plano nacional para dar um basta a roubalheira e para que não nos confundam com Renan Calheiros, Geddel Vieira, e aquela tropa que distribuiu nosso partido no plano nacional, e ainda porque a política econômica do presidente Bolsonaro é aquela com a qual nós nos identificamos historicamente. Por isso, mesmo não sendo bolsonarista, sou Bolsonaro nesta eleição", seguiu ele.

Em nome do grupo, ele destacou o apoio a Onyx "nesta esteira de compromisso com a dignidade, com a seriedade e com os interesses do Rio Grande". "O que se vê do outro lado, inclusive, em parte do meu partido, aqueles que o dirigem hoje, que estão na Assembleia - uma parte deles - que se comprometeram com o pior da política, a fisiologia, o interesse subalterno, o proposito escuso, os cargos, as vantagens e os benefícios pessoais. Isso é inaceitável", finalizou.

Dissidência

O diretório do MDB gaúcho se manifestou. Em nota, reafirmou, por unanimidade, a posição oficial do partido aprovada na Convenção Estadual "que escolheu democraticamente a aliança com o PSDB". "O deputado estadual Gabriel Souza é o candidato a vice-governador e representa a legenda na chapa que tem Eduardo Leite como candidato a governador". A sigla sustenta a legitimidade da decisão tomada pelo colegiado e diz que "qualquer manifestação diferente daquela construída no coletivo trata-se de dissidência".


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