Afastado do cargo por decisão judicial, o prefeito José Otávio Germano (PP) poderá enfrentar um processo de cassação pela Câmara de Vereadores em breve. 

Germano foi afastado do cargo no dia 28 de setembro, após representação do Ministério Público do Estado, que deflagrou a Operação Fandango. A investigação apura a ocorrência de delitos licitatórios, corrupção ativa e passiva, concussão e crimes de responsabilidade. Constam como investigados o prefeito, membros do seu secretariado, agentes públicos, privados e empresários envolvidos nas licitações e negociações suspeitas. De acordo com o MPRS, a suspeita é de que havia um ajuste entre administradores municipais e empresários para que parte dos pagamentos oriundos dessas licitações fossem destinadas a estes agentes públicos, custeando suas despesas pessoais. 

As discussões acerca da possibilidade de uma cassação deverão ser tratadas por meio de uma comissão processante. A questão foi levantada pelo vereador Luis Paixão (PP). “Até o momento ela [comissão processante] não foi instalada. Neste momento ainda estamos em busca das informações acerca do conteúdo do processo. Ainda não temos conhecimento”, explica ele. Paixão diz que a Câmara está buscando acesso aos autos a fim de definir quais medidas devem ser tomadas acerca do tema. 

Além das investigações relacionadas a corrupção, também deve ser avaliado o fato de que, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do prefeito, Ministério Público e Polícia Civil encontrou 2,9 gramas na casa de Germano. José Otávio nega envolvendo no esquema de corrupção e diz que o pó branco encontrado em sua casa não era cocaína, e sim Pó Pelotense, um polvilho antisséptico. 

Paixão diz que encaminhou um pedido de informações à Polícia Civil, no qual pede busca acesso ao laudo do teste que comprovou que a substância encontrada na casa era, de fato, cocaína. De acordo com Paixão, após a resposta ele deve submeter o pedido de instalação da comissão processante aos colegas. 

​