Em Uruguaiana
Confirmado primeiro caso da varíola dos macacos no interior
Neste sábado, 10/7, foi confirmado o primeiro caso de varíola dos macacos (Monkeypox) no interior do Rio Grande do Sul, em Uruguaiana, na fronteira oeste. A informação foi confirmada tanto pela Prefeitura daquele município quanto pela Secretaria Estadual de Saúde.
Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, se trata de uma mulher de 52 anos, que esteve viagem internacional durante o mês de abril e maio, passando por países com transmissão comunitária da doença.
A mulher procurou atendimento no sistema local de saúde após apresentar os sintomas da doença, passou por coleta de material para testagem da doença e foi orientada o permanecer em isolamento. O resultado do exame, do tipo TR PCR, foi detectável para o Monkeypox vírus e comunicado à Secretaria de Saúde na tarde de sexta-feira, 8/7.
Ainda conforme a Secretaria Municipal de Saúde, a paciente já não está mais na fase de transmissão. Ela se encontra saudável e as pessoas com quem teve contato foram monitoradas pelo setor de Epidemiologia do município e não apresentaram nenhum sintoma.
Este é o terceiro caso da doença no Rio Grande do Sul. Ao todo, o Brasil - que viveu uma explosão de casos confirmados nas últimas semanas - contabiliza 174 diagnósticos positivos.
Monkeypox
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. A erupção geralmente se desenvolve pelo rosto e depois se espalha para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais. Os casos recentemente detectados relataram uma preponderância de lesões na área genital.
A erupção passa por diferentes estágios e pode se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, que depois cai. A diferença na aparência da varicela ou da sífilis é a evolução uniforme das lesões. O período de incubação é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas.
A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. Transmissão via gotículas respiratórias usualmente requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde, membros da família e outros contactantes pessoas com maior risco de contaminação. O vírus também pode infectar as pessoas por meio de fluidos corporais.
O tratamento é baseado em medidas de suporte com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e prevenir sequelas.
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