Voto impresso
Apenas sete deputados gaúchos foram contrários à PEC
O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou na noite desta terça-feira (11) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso. A proposição, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, teve 218 votos contrários e 229 votos favoráveis. Para ser aprovada, a PEC precisaria receber o apoio de, no mínimo, 308 deputados, na medida em que, por mudar a Constituição Federal, a proposta precisaria ser aprovada por três quintos dos parlamentares.
Se dependesse somente da bancada federal do Rio Grande do Sul, a proposição teria sido aprovada. Dos 31 parlamentares gaúchos, 20 votaram favoravelmente à PEC, enquanto sete foram contrários e quatro estiveram ausentes da votação. Dos depurados das
Quatro deputados não estavam presentes na sessão e não votaram. São eles Afonso Hamm (PP), Covatti Filho (PP), Maria do Rosário (PT) e Pedro Westphalen (PP). O último está licenciado até o final do mês, em recuperação após vários dias hospitalizado em Porto Alegre, lutando contra a covid-19.
Apenas sete deputados votaram contra a PEC. São eles Afonso Motta (PDT), Bohn Gass (PT), Fernanda Melchionna (PSol), Henrique Fontana (PT), Marcon (PT), Nereu Crispim (PSL) e Paulo Pimenta (PT). "A democracia é o valor maior a ser defendido. Não podemos questionar as eleições. Todos fomos eleitos pelo sistema atual", disse Motta, único parlamentar de seu partido a se posicionar contrário à proposta.
Votaram a favor da PEC os deputados: Alceu Moreira (MDB); Bibo Nunes (PSL); Carlos Gomes (Republicanos); Daniel Trzeciak (PSDB); Giovani Cherini (PL); Giovani Feltes (MDB); Heitor Schuch (PSB); Jerônimo Goergen (PP); Liziane Bayer (PSB); Lucas Redecker (PSDB); Marcel van Hattem (Novo); Marcelo Brum (PSL); Marcelo Moraes (PTB); Márcio Biolchi (MDB); Marlon Santos (PDT); Maurício Dziedrick (PTB); Osmar Terra (MDB); Paulo Vicente Caleffi (PSD); Pompeo de Mattos (PDT); e Ubiratan Sanderson (PSL).
Discussão vazia
Pré-candidato à presidência da República e atual desafeto público do presidente Jair Bolsonaro, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, se manifestou sobre o tema, ainda na noite de terça-feira, 10/8, através do seu perfil no Twitter. "De manhã desfilaram os tanques. De noite desfilou a democracia. Polêmica vazia do voto impresso encerrada. Agora que tal tratar de vacina, inflação, desemprego e Amazônia?", alfinetou.
Eleição não confiável
Bolsonaro se manifestou ontem, 11/8, e continua colocando em xeque a segurança das eleições 2022, sob argumento de que o resultado indica desconfiança de parte do Parlamento sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas. "Hoje em dia sinalizamos para uma eleição, não que está dividida, mas que não vai se confiar nos resultados da apuração'', disse o presidente a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada durante a manhã.
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