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CCJ aprova cassação do deputado Ruy Irigaray
Divulgação / Felipe Dalla Valle imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
Sem nenhum voto contrário, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa aprovou, nesta terça-feira, 22/2, o relatório que recomenda a cassação do mandato de Ruy Irigaray (PSL). Agora, o documento será encaminhado para a Mesa Diretora da Casa, que deve pautar a votação em plenário para depois do Carnaval.
De acordo com o autor do parecer favorável, deputado Elton Weber (PSB), o processo disciplinar atendeu os procedimentos determinados pelo Código de Ética Parlamentar e pelo Regimento Interno da Assembleia Legislativa, tendo como parâmetros as Constituições Federal, Estadual e o Regimento Interno da Casa. Ele ressalta ainda que foi assegurado o direito à ampla defesa do acusado.
"Nossa análise considerou os aspectos jurídicos, concluímos que o processo tem total condições de seguir a sua tramitação. As contestações e indagações feitas pela defesa foram devidamente respondidas no próprio parecer", ressaltou Weber.
A investigação que propõe a perda de mandato foi realizada por subcomissão do Parlamento após denúncia de ex-servidoras. Irigaray é acusado de usar assessores para benefícios pessoais como a reforma da casa de sogra durante o horário de expediente na Assembleia Legislativa.
Vídeos, fotos e mensagens das acusadoras mostram, ainda, que uma das assessoras trabalhou como babá e até empregada doméstica da família do parlamentar, enquanto deveria estar à serviço do gabinete.
Uma residência avaliada em R$ 2 milhões, no Bairro Ipanema, na Capital, era utilizada como uma espécie de escritório do deputado.
Conforme o relato de uma das ex-assessoras, a casa chegou a abrigar 15 servidores de Ruy Irigaray, que se dividiam entre realizar as tarefas do gabinete e executar uma série de serviços no imóvel, como troca de piso, reformas de banheiros e pinturas.
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