Educação
Famurs lança campanha sobre volta às aulas
Com o slogan "A vida é feita de recomeços. Nada substitui a presença do aluno e seu professor em sala de aula", a Famurs lançou na quinta-feira, 12/8, campanha para retorno presencial das aulas em todos os municípios do Rio Grande do Sul. A ação institucional tem o objetivo de valorizar a presença de alunos e professores em sala de aula e mostrar a importância do ambiente escolar.
Com o avanço da vacinação na população gaúcha, especialmente em pais, avós, professores e adolescentes com comorbidades, a Famurs entende que existe segurança suficiente para o retorno completo das aulas presenciais na rede municipal de ensino. Além disso, embora crianças possam ser infectadas com coronavírus, evidências científicas apontam que elas não são vetores relevantes da covid-19. "Precisamos priorizar o acesso à educação de qualidade", afirmou o presidente da entidade e prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto (PP). "Pesquisas têm revelado que o nível de aprendizagem dos alunos regrediu com o ensino apenas em casa. Quanto mais tempo nossas crianças e jovens ficam longe da escola, mais retrocesso haverá para o processo educacional, sem contar o distanciamento social que já existe. Com isso, podemos observar que a escola presencial é um ambiente insubstituível e que lugar de aluno e do professor é dentro da sala de aula", destacou.
Bonotto ainda destacou que todo o cuidado com prevenção, distanciamento e cumprimento dos protocolos deverão ser respeitados, para que a volta às aulas seja feita com responsabilidade e segurança.
O impacto da pandemia na educação
Estudos realizados por pesquisadores, tanto nacionais quanto internacionais, apontam que períodos longos sem aulas ou atividades pedagógicas prejudicam o aprendizado, especialmente de crianças de famílias vulneráveis. Dados da Unesco e Unicef também destacam que há um maior risco de abandono e evasão escolar, especialmente dos estudantes mais vulneráveis, e há prejuízos a saúde mental, levando a um aumento de 18% os sintomas depressivos, fazendo com que estudantes se mostrarem mais irritados, ansiosos ou tristes.
Não bastasse o efeito clínico, a covid-19 tem impactado indiretamente crianças e adolescentes. O Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apontou em estudo que as consequências da pandemia sobre a saúde de crianças e adolescentes no Brasil, assim como em outros países na América Latina, tem potencial muito mais negativo do que vem sendo relatado em países da Europa e América do Norte.
Deixe seu comentário