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Eleições

Na Federasul, sete candidatos a governador apresentam propostas

Divulgação/Federasul imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul) reuniu no painel "Tá na Mesa", nesta quarta-feira, 10/8, sete dos 11 candidatos ao governo do Estado para apresentarem suas propostas e responderem perguntas da entidade. Participaram do evento Edegar Pretto (PT), Eduardo Leite (PSDB), Luis Carlos Heinze (PP), Onyx Lorenzoni (PL), Ricardo Jobim (Novo), Vicente Bogo (PSB) e Vieira da Cunha (PDT).?

O primeiro de quatro blocos consistiu na apresentação pessoal dos candidatos e, apesar de não estarem previstas debates entre os postulantes, isso não impediu investidas em série contra o ex-governador Eduardo Leite, que tenta voltar ao posto após não encontrar espaço na disputa à Presidência da República que almejava quando renunciou ao cargo.

Com o objetivo de ouvir propostas em relação a geração de emprego e renda, desenvolvimento, atração de investimentos, política tributária e formas de manter as contas públicas no azul, no segundo bloco os candidatos continuaram e explanar suas ideias e posições ao responder perguntas das entidades filiadas a Federasul.

Primeiro a falar tanto na apresentação quanto no segundo bloco, Heinze, assinalou áreas como infraestrutura e educação como foco, lembrando que quando era prefeito de Sãoa Borja trabalhou em conjunto com a Federasul para a concretização da ponte internacional do município.

Jobim disse que as propostas do Novo são objetivas e almejam a desburocratização em prol do setor produtivo e o respeito ao dinheiro público. Afirmou que irá criar o "ICMS mais simples do Brasil" e reduzir o número de Secretarias caso eleito.

Bogo deu destaque para a necessidade de resolução da dívida pública e destacou o fato de ser o único candidato que participou da elaboração da atual Constituição brasileira. Leite afirmou que sua gestão liderou o maior processo de privatizações do Brasil entre entes federados e foi capaz de colocar as contas estaduais em dia. Onyx evidenciou sua associação ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Vieira da Cunha apontou a educação como a 'prioridade das prioridades'. E Edegar Pretto afirmou que os empresários precisam ter no governo um parceiro e não um 'atrapalho'.

No terceiro bloco do painel, a entidade perguntou quais ações o candidato, caso eleito, pretende desenvolver para garantir o equilíbrio fiscal e assegurar a capacidade de investimento do Estado. Se pretende aumentar impostos ou realizar reformas estruturais e privatizações para sanar as contas públicas. E, no caso de reformas e privatizações, quais serão e quando serão apresentadas.

Primeiro a falar, o candidato do PSB, Vicente Bogo, defendeu o equilíbrio fiscal e o aumento da receita pela geração de novos negócios e manutenção de empresas. Foi o único a responder claramente sobre tributos, mas fez uma ressalva. "Não tenho a menor intenção de aumentar impostos. Se a vida exigir alguma conversa, vamos dialogar", resumiu.

Na sequência, Pretto e Vieira da Cunha seguiram linhas similares e disseram ser totalmente contra privatizar áreas essenciais, criticando o processo de privatização da CEEE e afirmando que vão anular os atos de privatização da Corsan.

Heinze declarou que o atual governo "pagou zero" da dívida com a União, anunciou que vai vender os imóveis do Estado e cobrar dívidas, e se comprometeu a estudar o processo de privatização da Corsan, mas ressalvou que estatais não podem ser alienadas 'a preço de banana'. Lorenzoni voltou a acusar diretamente Leite de mentir sobre os números de sua gestão; citou iniciativas do governo federal e criticou a forma como o governo gaúcho aderiu ao regime de recuperação fiscal, afirmando que o próximo governador será afetado por um teto de gastos menor.

Leite, que respondeu à pergunta na sequência, começou sua fala respondendo a Onyx, dizendo que ele, como deputado, deveria estar em Brasília, e não no painel. Disse que o equilíbrio das contas no RS é uma realidade e que agora é possível avançar na agenda para o desenvolvimento.

Jobim defendeu a adoção de parcerias público-privadas e de um Estado menor, disse que os dados positivos que estão sendo mostrados sobre as contas do RS são ocasionais e que o resultado de superávit deve ser investigado.

No último bloco, de considerações finais, Leite voltou a ser alvo de críticas dos concorrentes, que cunharam o termo 'renunciante'.

A Federasul entregou aos candidatos um documento intitulado 'Proposições aos Candidatos ao Governo do Estado nas Eleições de 2022'. O documento, com 12 páginas, organizou propostas e sugestões divididas em cinco blocos: Educação/Saúde/Segurança; Equilíbrio Fiscal; Modelo de Gestão; Políticas de Desenvolvimento e Inovação. 

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