Famurs
Pré-candidatos ao governo do RS apresentam suas propostas
Divulgação / Famurs imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
A Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) reuniu pela primeira vez. nesta quinta-feira, 24/3, os pré-candidatos ao governo do Rio Grande do Sul para apresentarem suas propostas sobre diferentes temas. As finanças estaduais e projetos de desenvolvimento dominaram a pauta. Ao todo, nove representantes de partidos que pretendem lançar candidaturas participaram da discussão realizada na cidade de Torres.
Entre os nomes confirmados na corrida ao Palácio Piratini, estavam o senador Luis Carlos Heinze (PP), Beto Albuquerque (PSB), o ex-presidente da Assembleia Legislativa Edegar Pretto (PT), Roberto Argenta (PSC) e Marco Della Nina (Pariotas). O ministro do Trabalho e Previdência Onyx Lorenzoni, pré-candidato do PL, não compareceu ao evento. Pedro Ruas (PSOL) também não.
Os demais partidos - PSDB, MDB, PDT e União Brasil - ainda não definiram oficialmente quem os representará na eleição estadual. O vice-governador Delegado Ranolfo Vieira, um dos nomes cotados para concorrer a governador, representou os tucanos. O deputado estadual Vilmar Zanchin falou em nome do MDB, que deve lançar a pré-candidatura do deputado Gabriel Souza. O PDT e União Brasil foram representados pelos presidentes estaduais, respectivamente, Ciro Simoni e Luiz Carlos Busato.
Conforme sorteio feito para definir a ordem das falas, Heinze começou destacando a presença de seu partido nas ações e reformas dos dois últimos governos. "O governador (José Ivo) Sartori (MDB) iniciou um programa muito importante de recuperação das finanças do Estado. Na sequência, veio o governador Eduardo Leite (PSDB) e seu vice, Ranolfo, que também fizeram reformas importantes. A bancada do PP foi fundamental nesse processo", afirmou.
Sendo a dívida com a União um dos pontos focados durante o encontro, Heinze afirmou que a questão será um desafio para o próximo governador e que caso eleito irá questionar essa dívida junto ao governo federal. Na área de infraestrutura e comércio, defendeu um porto no litoral norte do Estado e hidrovias conectando o norte do Uruguai ao porto de Rio Grande.
Na sequência, o empresário Roberto Argenta disse que será "o governador do emprego." Também se comprometeu com uma reforma administrativa, cortando metade das secretarias. Apesar disso, afirmou que criará a secretaria de Irrigação, para enfrentar efeitos da estiagem. Defendeu a educação como forma de mobilidade social.
A educação também foi destacada pelo petista Beto Albuquerque. Ele disse que o Rio Grande do Sul é hoje campeão em evasão escolar e repetência, além de ser o Estado com menor oferta de escola em tempo integral. Afirmou ainda qeu será "intolerante" com o problema da fome e irá realizar assembleias populares para discutir projetos de desenvolvimento regional.
No mesmo sentido, Beto Albuquerque enfatizou a necessidade de investimentos na educação, saúde e no combate à estiagem. Ele também propôs a criação de um órgão de diálogo permanente com os municípios, porque "nenhum governador tem o direito de tomar decisões sem ouvir os prefeitos."
Marco Della Nina afirmou que, se for eleito, vai diminuir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e reajuste salarial para os servidores além da revogação de reformas administrativas da atual gestão.
Representando os partidos sem nomes definidos, Vilmar Zanchin (MDB) disse que o MDB vai definir seu candidato ao governo "de forma democrática" e que o partido também irá focar no municipalismo em uma eventual gestão.
Ciro Simoni iniciou sua fala dizendo que "dez entre dez pedetistas querem que o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior (PDT), seja o candidato ao governo do Estado". Afirmou que a educação, com escolas em tempo integral, é pauta importante do PDT.
Busato (União Brasil) reconheceu que os funcionários públicos foram afetados pelas reformas conduzidas pelo governo Leite, do qual ele faz parte, mas avaliou que o RS não pode regredir na agenda fiscal.
Ranolfo Vieira lembrou que, em 2018, durante a realização do mesmo evento da Famurs, o Estado ainda atrasava salários do funcionalismo, que foram quitados durante a atual gestão. "Era o pior momento da crise fiscal do Rio Grande do Sul. Estávamos há mais de três anos com salários em atraso, devíamos para todo mundo", disse.
O tucano não tocou em assuntos como a dívida com a União, destacando os benefícios dos investimentos públicos de R$ 5,6 bilhões anunciados no programa Avançar, coordenado junto de Eduardo Leite.
Deixe seu comentário