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Presidente do Haiti é assassinado a tiros
O presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi morto em um ataque a tiros em sua casa, na capital Porto Príncipe, na madrugada desta hoje, 7/7. A informação foi confirmada pelo primeiro-ministro interino do país, Claude Joseph.
O premiê interino afirmou também que a primeira-dama, Martine Moise, levou um tiro e foi hospitalizada. A imprensa local chegou a publicar que ela não resistiu aos ferimentos, mas depois corrigiu a informação.
O presidente da República Dominicana, Luis Abinader, e a CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), órgão ligado à OEA (Organização dos Estados Americanos), também lamentaram a morte da primeira-dama. Mas a CIDH apagou a informação horas depois.
Joseph afirmou em comunicado que o assassinato de Moise foi um "ato odioso, desumano e bárbaro". "Um grupo de indivíduos não identificados, alguns dos quais falavam em espanhol, atacou a residência privada do presidente da República" por volta da 1h e "feriu mortalmente o chefe de Estado". As línguas oficiais do país são o francês e o crioulo haitiano.
Ainda não se sabe as razões do ataque e nenhum grupo assumiu a autoria.
Estado de sítio
Joseph declarou estado de sítio em todo o país, horas após o anúncio do assassinato. "Acabo de presidir uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros e decidimos declarar o estado de sítio em todo o país", disse Joseph em pronunciamento na manhã de hoje. A medida concede amplos poderes ao governo haitiano.
Segundo o premiê, a mulher do presidente, Martine Moise, foi ferida no ataque e está hospitalizada. Joseph pediu calma à população e afirmou que a polícia e o Exército já estão encarregados de manter a ordem no país.
Na última segunda-feira (5), Jovenel Moise havia nomeado Ariel Henry para o posto de novo primeiro-ministro do Haiti, já que Joseph estava apenas interinamente no cargo. Nas redes sociais, Henry foi elogiado por Joseph. "Seu senso de Estado, sem dúvida, o guiará em seus esforços para criar um governo de consenso que saberá resolver os problemas atuais, em particular segurança e eleições", afirmou.
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