"Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me adulam, porque me corrompem."

Santo. Agostinho

O nome dele é trabalho

Quando era criança, Adão Steindorff admirava o pai trabalhando como ferreiro e nunca se cansava de observar o vizinho, mecânico de automóveis. Aos dez anos, já estava estudando na Escola Senai, de onde saiu mecânico ajustador para trabalhar na Pelzer. Após o serviço militar, foi para a oficina da Mainieri-Port, concessionária Volkswagen, onde ficou 10 anos. "Fiz cursos da fábrica, fiquei em primeiro lugar no Estado, e levava os manuais da VW para estudar em casa, nos finais de semana", recorda. O ano era 1972 e a sua oficina se chamava Dras, com os sócios Dirceu Rosa e Valmor Steindorff. Pouco depois comprou a parte do irmão e mais tarde repartiu as ferramentas com o sócio restante, abrindo a própria oficina na Rua Marechal Hermes.

Adão começou a se tornar comerciante quando passou a oferecer algumas peças para os clientes da oficina mecânica, ao invés de mandar comprar em outras lojas. O estoque foi aumentando até faltar espaço. A solução foi alugar um prédio na Avenida Brasil e abrir a autopeças. "No início só tinha quatro prateleiras e quem atendia eram os filhos, Giovani e Lourdes. Não esperava que crescesse tão rápido", conta o empresário. Ele tem duas receitas de sucesso: "O que dava de resultado nas vendas voltava quase tudo para as prateleiras em mercadorias. E minha avó ensinou, ganha dez, gasta nove".

25 anos depois, autopeças e oficina estão no mesmo lugar, em prédio próprio e a Steindorff é líder de mercado nos dois segmentos. Antes da pandemia, chegava a atender 100 clientes por dia na loja, mas o movimento está crescendo: "Está 80% do que era", comemora Adão Steindorff que, coincidência ou não, nasceu em 1º de maio, Dia do Trabalho.

Köhler planeja expansão nacional

Crescendo em um ano como este, a Comercial Köhler já está planejando uma expansão maior ainda em 2021. A matriz continua em Cachoeira do Sul, comandada por Eduardo Köhler, mas o diretor comercial Guilherme Köhler está focando no atendimento à empresas agrícolas e industriais a partir de Porto Alegre. Já é o quarto maior distribuidor de correias da Continental no Brasil, o maior do sul do país. Permanece um dos quatro distribuidores da Goodyear no Estado, com a loja de pneus em Cachoeira e o atacado vendendo para todo o Rio Grande do Sul. As filiais em Caxias do Sul, que está em um prédio maior, e Porto Alegre estão cada vez mais voltadas ao atendimento à empresas. A outra filial na Capital foi vendida, mas continuava vendendo bem: "Porém, as vendas desta filial representavam uma pequena parte do faturamento de toda a empresa, então preferimos nos dedicar ao que rende mais", explica Guilherme.

Outro setor de sucesso da empresa é o de rolamentos. Representante da conceituada Timken, considerado o melhor rolamento do Brasil, a Köhler também importa rolamentos com marca própria, Arko. As vendas estão tão boas que a ideia é aumentar a presença nacionalmente. Com a homologação, muitas indústrias de máquinas e implementos estão usando os rolamentos Arko, o que comprova o acerto da empresa cachoeirense.

Cresce a confiança do industrial gaúcho

O industrial gaúcho volta a ver com melhores perspectivas a situação de suas empresas e da economia no País. É o que aponta o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS), que cresceu para 56,7 pontos em agosto, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). "Após um período de intensas dificuldades, os empresários gaúchos começam a perceber os reflexos positivos da flexibilização das restrições à circulação das pessoas e à atividade econômica. Além disso, os estímulos fiscais, como o auxílio emergencial, também sustentam o crescimento do otimismo do consumidor e o aumento da demanda", explica o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.

O resultado é que a indústria gaúcha recuperou a confiança depois de quatro meses. O ICEI-RS varia de 0 a 100 pontos e os 50 são o limite entre a falta e a presença de confiança. Na pesquisa de julho, ao alcançar 49,1 pontos, ela permanecia baixa, mas já havia indicação de melhora na expectativa, confirmada este mês. Mas, mesmo com o aumento em agosto, ainda está 10,2 pontos abaixo de fevereiro, antes da pandemia. O presidente da Fiergs faz um alerta: "O ICEI-RS sinaliza a continuidade do processo de recuperação da indústria nos próximos meses. Mas a incerteza persiste, sobretudo sobre a evolução da pandemia, do mercado de trabalho e o fim dos programas de auxílio governamental, que podem restringir o ritmo da retomada esperada para o setor", diz. A pesquisa foi realizada entre os dias 3 e 13 de agosto, com 209 empresas, sendo 40 pequenas, 65 médias e 104 grandes.

RÁPIDAS S/A

- Cacisc criou um grupo de trabalho para influir na confecção do novo Plano Diretor do município. De acordo com a presidente da entidade, Maria Luísa Bonini, a ideia é identificar e influir em pontos importantes do projeto para a iniciativa privada.

- A próxima reunião do grupo será com a arquiteta Cristine Coelho, da Secretaria Municipal de Obras. A representante da Cacisc no Conselho de Desenvolvimento Integrado é a ex-presidente Cecília Chaves.

- Outra da Cacisc: em outubro a entidade ouvirá os candidatos a prefeito, desta vez através de lives, como mandam os protocolos da pandemia. Em 31 de agosto haverá reunião para definição das reivindicações dos empresários ao futuro prefeito.

- Menos um posto de combustíveis na cidade, depois que fechou o que funcionava na esquina do Banrisul, na Rua 7 de Setembro. Proprietário do prédio estuda três opções de negócios.

- Desde que a pandemia começou, a venda de produtos conhecidos por aumentar a imunidade disparou. E um dos queridinhos foi o mel, informa a Exame.

- As vendas no varejo brasileiro avançaram 8% em junho e voltaram a níveis pré-pandemia, segundo divulgado pelo IBGE. Em maio, o varejo já havia tido alta recorde de 14,4%, após quedas em março e abril.