Carlos Dreyer
CACHOEIRA S/A
"O homem que decide parar até que as coisas melhorem, verificará mais tarde que aquele que não parou, e colaborou com o tempo, estará tão adiante, que jamais poderá ser alcançado."
Abraham Lincoln
Empreendedor e otimista
"O momento é de se adaptar e fazer parcerias", ensina Lauri Katzer, dono de três lojas de calçados e de uma de materiais esportivos, além de proprietário de vários imóveis para alugar. Em um ano difícil para todos, em que o comércio ficou dias fechado e opera com restrições, ele se orgulha de não ter feito demissões. "Haverá valorização do dinheiro, as pessoas estão se acostumando a viver com menos, mas todo mundo está com muita vontade de trabalhar e também de investir", prevê. Pensando positivo, o empresário acredita que a retomada da economia começará em dois meses, em outubro.
Lauri nasceu em Paraíso do Sul e, filho de agricultor, começou cedo a trabalhar na terra. Lá estudou até a oitava série do ensino fundamental, quando mudou para Cachoeira do Sul. Ficou seis anos no 3º Batalhão de Engenharia e Combate, de onde saiu formado em Educação Física. Seu primeiro negócio foi uma joalheria, na Rua dos Loretos: "Contratei profissionais e aprendi muito com eles". Em 2002, trouxe a Lauri Jóias para a Rua 7 de Setembro e ficou sócio de uma loja de calçados, que mais tarde adquiriu 100%. Três anos depois abria a filial da Lauri Calçados na Rua 7 e, em 2008, na Avenida Brasil e a Lauri Esportes.
A sede do Senac na cidade é a sua obra mais visível. Adquiriu o imóvel, fez a reforma conforme os padrões da entidade e o aluga desde 2014. "É importante ver para quem se faz o investimento, com contrato longo e retorno em longo prazo", revela. "Sempre investi no próprio negócio", resume Lauri Katzer.
Ela acredita e diversifica
Quando veio de Livramento para Cachoeira do Sul, aos 13 anos, Iara Farias não podia imaginar que um dia iria atender os maiores produtores rurais do município e promover negócios em toda a região. Formada técnica em Contabilidade no Marista Roque, trabalhou por 10 anos na Cotricasul, onde conheceu grandes produtores. Fazendo a contabilidade para alguns associados nas horas vagas, foi a pioneira a divulgar o FGTS Rural: "Isso triplicou o número de clientes", lembra. Em 1991, abriu o Servicon, que não para de crescer - ainda em agosto vai mudar-se para a sede própria, na Rua Pinheiro Machado. Com cerca de 300 metros quadrados e dois andares, em projeto do arquiteto Eduardo Carvalho, terá até estacionamento para os clientes.
Uma das habilidades de Iara é se cercar de talentos. Trouxe para o escritório a filha, advogada Elisa Farias Pedroso. Tornou sócias duas colaboradoras, as contadoras Priscila Martins e Sabrina Castro. Em 2016 viu oportunidade no setor de leilões de gado e abriu o Sevicon Remates com Francisco Bidone. Mais um exemplo da sua visão e conhecimento do mercado: o remate Donas da Pista, oferecendo bovinos criados por produtoras rurais, é um sucesso e em março teve sua terceira edição. Veja mais em www.serviconrs.com.br.
Marketplace para pequenos negócios
Criar uma loja e-comece a vender os seus produtos pela internet, sem custos. Esse é o propósito do plataforma de marketplace voltada aos pequenos negócios, criada pelo Sebrae RS. A iniciativa é voltada para empreendedores que não dispõem de vendas online, mas querem entrar no mundo digital para seguir com suas vendas neste período de pandemia. No endereço www.sualojasebrae.com.br, os empresários podem criar a sua loja virtual e colocar os produtos que desejam comercializar.
A plataforma é aberta a todos os segmentos e não tem limite de oferta de produtos. O processo é simples: o empresário se cadastra, coloca as informações sobre seus produtos com o preço, forma de entrega e pagamento. O consumidor acessa as lojas, navega e escolhe os produtos e realiza a compra. As entregas também podem ser feitas na casa do cliente, pelo correio ou para retirada em loja física. Os pagamentos podem ser efetuados com cartão de crédito ou então pode haver uma negociação direta entre vendedor e comprador, fora da plataforma, para pagamentos em dinheiro, por exemplo.
RÁPIDAS S/A
- A Ambev fez mágica em vendas neste segundo trimestre: o volume de cerveja caiu "apenas" 1,6%, mesmo com bares fechados, e a queda total no volume da empresa foi de 9,4%. Ainda assim, o lucro caiu pela metade.
- A ação da Natura subiu 6,37% e foi a maior alta do Ibovespa na quarta-feira, em meio à campanha de dia dos pais que promoveu com o ator Thammy Miranda. Segundo um analista, o marketing inclusivo pode favorecer a exposição da marca.
- A chinesa Huawei superou a sul-coreana Samsung e, pela primeira vez, se tornou líder global em venda de celulares, informa a Exame.
- A Cielo teve seu primeiro prejuízo trimestral na história. As perdas foram de 75 milhões de reais entre abril e junho, influenciadas pela queda na movimentação do varejo.
TOQUES S/A
- Portaria nº 20/2020 do Ministério da Economia esclarece que, para efeitos trabalhistas, as gestantes não são consideradas do grupo de risco ao COVID-19, exceto se a gestação for de alto risco.
- Pela decisão da 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), a marca Cachorro do Rosário segue pertencendo à rede de lancherias espalhada por sete cidades gaúchas, e não à carrocinha ao lado do Colégio Marista Rosário, no bairro Independência, pertencente ao criador. Este foi o desfecho. Finda-se assim, uma polêmica disputa de família.
- Como regra, os empresários olham a conta de energia em dois aspectos: seu vencimento e valor total em reais. Se cabe no bolso da empresa e não contém nenhum exagero, o pagamento é autorizado. Como estão sempre muito ocupados, acabam não verificando os detalhes de formação da conta e, por isso, podem estar pagando por desajustes contratuais, por parcelas que podem ser evitadas, por não avaliarem se a opção contratual é a mais adequada, se está havendo parcelas incorretamente cobradas, etc. Com isso, deixam de avaliar detalhadamente um custo fixo da empresa, o que pode comprometer o resultado da empresa, no balanço anual.
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