CACHOEIRA DO SUL PREVISÃO

Carlos Dreyer

CACHOEIRA S/A

"O destino é que embaralha as cartas, mas somos nós que jogamos".  

William Shakespeare


A arte de fazer facas

Ele teria só um final de semana de folga em 2020, mas veio o vírus e mudou tudo. Produzir facas premiadas internacionalmente e se tornar um conhecedor da cutelaria valorizaram o currículo de Sandro Boeck, que mora em Cachoeira do Sul desde criança e mantém sua fábrica no Bairro Marina. Com a pandemia impedindo os eventos em que mostraria sua arte, foi preciso se reinventar. As lives que protagoniza nas redes sociais estão cada vez mais prestigiadas por colecionadores e admiradores de facas artesanais. Assim surgiu a ideia de produzir uma série limitada de facas para comemorar os 30 anos de carreira do cantor nativista Jairo Lambari, que se esgotaram rapidamente. Estava criado um novo nicho de mercado.

A Boeck Cutelaria Artesanal já havia conquistado outro ídolo da música: Michel Teló. Saiam de Cachoeira do Sul as facas do Churrasco do Teló, sucesso que começou no ano passado e se ampliara não fosse a covid-19. Nascido em Santa Maria, Sandro veio para Cachoeira quando o pai assumiu uma loja de máquinas de escrever. Ali ele começou a trabalhar com diversos equipamentos, tornando-se técnico em eletrônica - montou as primeiras sinaleiras eletrônicas da cidade. Formado em Direito pela Ulbra, fez pós-graduação em Direito Tributário e foi advogado da Unimed. Mas a cutelaria mudou sua vida: em 2007 ganhou o primeiro prêmio nacional, em 2008 fez a melhor faca gaúcha, em 2010 a melhor faca Sorocaba, no Salão Paulista de Cutelaria. Desde 2015 é juiz internacional em concursos do setor. É mestre cuteleiro no Brasil, maestro na Itália e journeyman nos Estados Unidos. Conheça mais os trabalhos dele em www.facasboeck.com.br. 


Reabertura permanente do comércio

O comércio quer trabalhar. Este é o tema da campanha que a Fecomércio-RS iniciou nesta quinta-feira, 16 de julho, data em que comemorou o Dia do Comerciante. O objetivo é defender a retomada permanente do comércio e mostrar que as lojas de portas abertas não são focos da transmissão da Covid-19. "O governo precisa fazer a sua parte e fechar as atividades econômicas não é a solução. Famílias sem renda e sem condições básicas para sobrevivência também adoecem", afirma o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

A campanha será veiculada em várias mídias e apresentará, entre outras mensagens os comerciantes que estão perdendo seus negócios e funcionários para as medidas restritivas impostas pelos governos. "A economia gaúcha já destruiu mais de 120 mil empregos formais, e novas demissões virão. Problema ainda maior é que muitas empresas estão deixando de existir. E lembremos todos: são empresas que empregam", alerta Bohn.

"Os negócios não podem ser os únicos culpados. Por isso nossa campanha já está nas ruas, nas casas das pessoas. Fizemos nossa parte com responsabilidade e cuidado com a saúde de todos. O comércio quer trabalhar", finaliza Luiz Carlos Bohn.


Lenta reação diante da pandemia

Após período crítico para manter os negócios em funcionamento, as micro e pequenas empresas brasileiras apresentaram sinais de pequena reação diante dos impactos da pandemia. Levantamento feito pelo Sebrae, em parceria com a FGV, entre os dias 25 e 30 de junho, constatou uma leve e gradual recuperação, com uma redução na queda média mensal do faturamento dos pequenos negócios. Enquanto na primeira semana de abril, a perda média do faturamento chegou a 70%, no último levantamento esse percentual caiu para 51%. Apesar dessa pequena evolução, a pesquisa mostra também que a concessão de crédito para as pequenas empresas ainda não tem acompanhado o aumento significativo da procura desses negócios por empréstimos.

O levantamento aponta que desde o início da pandemia, 800 mil empresas conseguiram estancar a queda no faturamento. A proporção de pequenos negócios com redução no faturamento caiu de 89% para 84%, desde março, quando foi feita a primeira edição da pesquisa. Essa recuperação, entretanto, não é igual para todos os segmentos. Alguns setores como o agronegócio, indústria alimentícia e pet shop/veterinária apresentam maior capacidade de retomada, ao contrário de setores mais diretamente afetados, como turismo e economia criativa.


RÁPIDAS S/A

- O Pronampe, linha de crédito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, pode ser contratado na Sicredi Centro Leste. O prazo máximo de pagamento é de 36 meses e a carência é de até oito meses. A taxa de juros máxima igual a Selic mais 1,25% ao ano, e o limite dos empréstimos é de até o equivalente a 30% do faturamento da empresa em 2019.

- As medidas de quarentena tomadas na tentativa de evitar a disseminação do coronavírus levaram ao fechamento de 522,7 mil empresas no país, cerca de 39% do total, até a primeira quinzena de junho, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE. Dessas, 99% eram consideradas de pequeno porte.

- EJA Sesi Cachoeira do Sul está com matrículas abertas, com aulas gratuitas para trabalhadores da indústria, construção civil e seus dependentes. Veja mais em www.ejadosesi.com.br.


TOQUES S/A

- Expira neste domingo a vigência da Medida Provisória 927, tão importante para as empresas durante a pandemia. Com isto, as empresas não poderão mais utilizar o banco de horas (regime especial), antecipar o gozo de férias, prorrogar o pagamento do terço ou abono de férias, dentre outros pontos.

- Apesar dos custos envolvidos, o empreendedor deve entender que o registro de marca é um investimento, e não uma despesa, pois essa ação vai se refletir no futuro e segurança da empresa.

- Na hora de pagar a conta de luz, muitas vezes o empresário só olha para o valor total da fatura, sem se importar com as parcelas que formam a conta e outros detalhes que influenciam no custo da energia e que estão escondidos nas letras miúdas.

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