As conversas sobre uma possível mudança de sigla de Eduardo Leite (PSDB) para o PSD avançaram após o governador do Estado se reunir na segunda-feira, 14/2, com o com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, e com o prefeito do Rio, Eduardo Paes. Após o encontro Leite afirmou que participa do "processo nacional", indicando a chance de ainda concorrer à presidência.

A possibilidade de tentar o pleito pelo PSD, porém, depende da desistência do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que já foi lançado como presidenciável pela sigla.

Pacheco não fez campanha até o momento e foca mais em manter o controle do Senado. O PSD afirmou que Pacheco é o pré-candidato por preencher todos os requisitos que o Brasil precisa e a sociedade brasileira quer. Mas Kassab vem indicando ver os mesmos requisitos em Eduardo Leite e sinaliza que em caso de desistência de Pacheco a legenda irá abraçá-lo.

Nesta terça, 15/2, em Porto Alegre, quando questionado sobre o encontro com o presidente da sigla, Leite disse que se disponibiliza a "contribuir" em âmbito nacional caso essa seja uma alternativa.

"Não pretendo participar do processo para dispersar forças que possam ser alternativa a essa polarização, mas, se houver entendimento de um grupo representativo em que posso dar essa contribuição, tenho condições de participar desse processo nacional", afirmou Leite.

O Governador também reiterou que não vai concorrer à reeleição no RS. Esta opção havia sido levantada em ato no fim de semana, ao lado do presidente do PSDB, Bruno Araújo, quando Leite indicou que poderia mudar de posição, deixando aberta a possibilidade de tentar um novo mandato.

Caso venha a disputar a presidência, Leite terá que renunciar ao mandato de governador até 2 de abril.